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Um carro comum tem de seis a oito ciclos de ignição por dia, em média, já um veículo com start-stop registra aproximadamente 200 ciclos

A resposta para essa pergunta é não. Os veículos com sistema start-stop, recurso que desliga e liga o motor automaticamente em pequenas paradas para economizar combustível e reduzir emissões de gases poluentes, precisam de uma bateria mais robusta que a utilizada em carros comuns devido ao maior número de ciclos de ignição.

De acordo com George Oliveira, da engenharia de produtos da Baterias, um modelo sem a tecnologia start-stop tem, em média, de seis a oito ciclos de partida (ignição) por dia. Já um carro equipado com essa tecnologia registra aproximadamente 200 ciclos. Este número, no entanto, pode ser maior, dependendo da utilização do veículo.

Instaladas nos modelos com start-stop, as baterias EFB (Enhanced Flooded Battery, que significa, em tradução livre, Bateria Inundada Aprimorada) é uma evolução das baterias comuns SLI (Starting, Lightning, Ignition, que significa Partida, Iluminação, Ignição).

As duas são idênticas no tamanho e adotam a mesma tecnologia (basicamente placas de chumbo mergulhadas em uma solução de ácido sulfúrico e água). A EFB, entretanto, tem uma capacidade maior de aguentar o liga/desliga diário. Outra diferença importante é o preço. As EFB são mais caras que as SLI.

Por isso, caso você tenha um veículo com start-stop, não instale uma bateria comum na hora de substituir o componente. Segundo Oliveira, caso isso ocorra, “o carro rapidamente irá desabilitar o sistema e a bateria terá uma vida útil muito menor”.

Ele alerta também que em alguns carros, caso seja colocada uma bateria SLI no lugar de uma EFB, o próprio painel de instrumentos irá acender uma luz indicando que algo está errado com a bateria.

A boa notícia é que o oposto – instalar uma bateria para carro com start-stop em um sem o sistema – não traz prejuízos para o veículo. Na realidade, os benefícios são maiores, pois o proprietário terá uma bateria com um ciclo de vida maior. Aliás, muitos motoristas profissionais, como taxistas, preferem usar uma bateria EFB, mesmo o carro não tendo start-stop.

Bateria diferente para carros elétricos

Importante destacar que carros híbridos e elétricos adotam uma outra bateria com uma tecnologia completamente diferente. Chamadas de AGM (Absorbent Glass Mat, que em português significa Manta de Vidro Absorvido), elas têm a capacidade de receber constantemente energia proveniente, por exemplo, do sistema de freio regenerativo, que transforma a energia cinética das rodas em elétrica e manda para as baterias.

Fique atento

As baterias para modelos com start-stop têm uma vida mais longa (em média três anos), no entanto elas também acabam. Por isso, o motorista deve ficar atento a alguns sinais.

“O principal deles é quando o sistema é desabilitado”, aponta o especialista. Ao diagnosticar que a bateria tem pouca carga, a central de gerenciamento do sistema automaticamente corta o start-stop para evitar que o motor desligue e não ligue mais, deixando o motorista parado no meio da rua.

Evite, para não provocar um desgaste prematuro do componente, deixar luzes acesas sem necessidade com o carro parado. Também tente rodar com o carro pelo menos uma vez a cada duas semanas para impedir que a bateria arrie. E se for deixar o veículo parado por mais de 30 dias, promova uma recarga na bateria para que ela funcione com carga completa.

Autor: Marcelo Monegato
Fonte: https://autoesporte.globo.com/servicos/noticia/2022/02/carro-com-sistema-start-stop-utiliza-o-mesmo-tipo-de-bateria-de-um-veiculo-sem-essa-tecnologia.ghtml

 

 

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